
Foco dos incorporadores será geração de caixa e revisão do tamanho das operações
Por Rodrigo Petry
Antes de encontrar luz no fim do túnel, o setor produtivo nacional terá de percorrer mais um ano marcado por crise econômica e instabilidade política. A expectativa de uma possível recuperação da conjuntura brasileira dependia do sucesso na implementação do ajuste fiscal, o que não aconteceu. Dessa forma, o ano começa com perspectivas de queda do Produto Interno Bruto (PIB), aumento do desemprego e da inflação e continuidade dos juros em patamares elevados. Esse conjunto de fatores segue enfraquecendo a demanda de consumidores e coloca em xeque as operações de empresários dos mais variados setores. No mercado imobiliário, o ambiente hostil impõe a incorporadores e construtores a necessidade de aprofundar os ajustes que já estavam em andamento. Segundo as fontes consultadas para esta reportagem, o ano de 2016 tende a ser marcado por esforço redobrado nas vendas de imóveis, postergação do lançamento de novos projetos, ênfase na geração de caixa e adequação do tamanho das empresas ao nível operacional menor.
Em meio a essas turbulências, o PIB da construção civil brasileira deve recuar 5% em 2016, de acordo com estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) feita em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O cenário previsto representa uma continuidade da retração do setor. Embora os dados de 2015 ainda não estejam fechados, a projeção feita pelas duas instituições em dezembro apontava para uma queda de 8% no acumulado do ano, com o corte de 557 mil vagas de trabalho na área.
Considerando todo o cenário de hoje, é difícil imaginar algo diferente do que uma nova queda do PIB da construção em 2016. A princípio, todas as expectativas continuam sendo negativas, afirmou a coordenadora de estudos da construção da FGV, Ana Maria Castelo, durante entrevista coletiva realizada no fim do ano passado.
fonte: http://www.construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/174/sem-recuperacao-da-economia-brasileira-ano-exigira-novos-ajustes-do-367041-1.aspx
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